

A cozinha conta com os clássicos tradicionais da culinária francesa, como os escargots de Bourgogne, foie gras mi-cuit, soupe à l'oignon (como deve ser), Coq au vin e inúmeros crepes de sobremesa, mas também traz certa dose da cozinha mediterrânea, bem representada pelas boas opções de risotos e massas.
O melhor de tudo foi poder provar o menú de almoço, com opção de entrada, principal e sobremesa por inacreditáveis R$ 49,50! (ainda menos críveis diante de pratos com média de valores acima dos 50 reais). Apesar de poucas opções, não sentimos falta de nada além do que estava ali, cada um ficou feliz com o que viu: eu fui de salmão defumado com folhas verdes, risoto de camarões e suflê de menta e chocolate. O maridão ficou com o tomate caqui assado com mozzarella de búfala e pesto, filet em crosta com mandioquinha surpresa (!) e crepe de banana com amêndoas. Para harmonizar, meia-garrafa de sauvignon blanc para mim, uma boa companhia para os amigos do mar, e outra meia-garrafa de cabernet sauvignon para ele (apesar da completa carta de vinhos, pouquíssimas opções de meia-garrafa).
O serviço foi um tantinho blasé no início, porém logo se mostrou eficiente, cortês e discreto e assim se seguiu ao longo da nossa permanência. Não fizemos questão do couvert, mesmo porque imaginamos que os pratos não demorariam, já que éramos a única mesa ocupada naquele momento. De fato, logo vieram as entradas, tempo ideal para o meu vinho ficar no ponto. A apresentação era das mais belas e delicadas, com flores e desenhos, capricho total. O salmão estava ótimo, mas o frescor das folhas que o acompanhavam era notável, chegavam a estalar na boca, sem falar no levíssimo molho, algo como um crème fraîche. O tomate caqui assado era tenro e saboroso por conta do pesto, tudo muito equilibrado.


Os pratos principais também chegaram arrasando na apresentação, as fotos falam por si. Meu risoto, além de lindo, estava delicioso, cremosíssimo e cheio de pedaços gordos de camarão, naquele ponto de cozimento que estoura na boca. Não teve uma garfada sequer que só tenha vindo arroz, tamanha a fartura de camarões. Perfeito! O filé do maridão era ultra macio, com crosta bem crocante e a tal surpresa de mandioquinha, um tipo de rôsti envolta na folha de couve (acho que era couve) era bem úmida e saborosa. Vontade de comer aplaudindo.


As sobremesas eram interessantes, o meu suflê era, na verdade, um tipo de semifreddo de hortelã, leve e aerado, mas natural e sem aquele corante verde radioativo. Contraste ideal com a calda quente de chocolate. O crepe não poderia estar melhor, com massa finíssima e recheio farto.


O menú de almoço varia semanalmente e, realmente, é um ótimo negócio em termos de custo-benefício. Não que o cardápio não seja interessante, mas o preço do menú é imbatível se considerarmos a qualidade dos pratos. Fiquei entusiasmada para conhecer mais da cozinha do Le Triskell, digna de suas estrelas do guia Quatro Rodas por três anos consecutivos (2009, 2010 e 2011). Vale cada quilômetro rodado até Indaiatuba, inclusive o pedágio exorbitante de 9 reais e poucos cobrado na ida E na volta!

Le Triskell Bistrô - Indaiatuba/SP
www.letriskell.com.br
Acredito que aqui haja um erro. As estrelas são do guia Quatro Rodas, que apesar de serem merecidas e importantes, não chegam nem perto da avaliação do Michelin.
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirvocê tem toda razão, inclusive foi um ato-falho do qual ainda não havia me dado conta, quando li seu comentário pensei "não é possível que eu tenha escrito Michelin ao invés de Quatro Rodas"... mas acontece, vou providenciar a correção. Valeu pelo toque! Abs.,